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quinta-feira, 9 de maio de 2013



“Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.” Os 6:6


A Bíblia nos remete a várias passagens que abordam o tema do falso sacrifício, oferecido a partir de um coração duro e insensato. Podemos encontrar exemplos de tal prática desde as antigas histórias, como a de Caim e Abel, na qual a oferta de Abel foi fruto de um coração grato pela providência do Senhor, o que não foi encontrado na oferta de Caim (Gn 4:3-5). Também encontramos exemplos de falsos sacrifícios na história do reinado de Saul, quando poupou as ovelhas e vacas dos amalequitas, desobedecendo a ordem do Senhor, e como conseqüência, Deus o exortou por meio do profeta Samuel:


“Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender é melhor do que a gordura de carneiros.”
I Sm 15:22


Em várias outras passagens, Deus demonstra rejeição ao sacrifício de Israel como resposta à falta de sinceridade e consagração com que eram oferecidos, já que não provinham de um povo quebrantado, mas de um povo que buscava conciliar as ofertas ao Senhor com práticas pagãs e contrárias às leis de Deus. Semelhantemente, os fariseus foram repreendidos por Jesus, devido à falta de uma vida verdadeiramente piedosa e consagrada a Deus, apesar de aparentarem obedecer minuciosamente a Lei e de oferecerem inúmeros sacrifícios como oferta ao Senhor. A causa da rejeição de Jesus não estava nos sacrifícios em si, mas no fato de não coincidir com o caráter de muitos fariseus, repleto de soberba, inveja e injustiça, o que caracterizava a hipocrisia que vinha perdurando desde aquela época até infelizmente os nossos dias.


“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas.” Mt 23:23


Infelizmente, os mesmos sacrifícios oferecidos indevidamente por Caim, Saul, Israel, pelos fariseus e muitos outros, têm persistido em nossos dias não só no mundo ao nosso redor, mas também nas próprias igrejas. Precisamos examinar a nossa conduta para reconhecer se realmente temos vivido firmes na fé, tendo a Cristo como alvo da nossa adoração e consagração. Caso contrário, por mais que estejamos empenhados em diversos ministérios, seminários, ou qualquer outra atividade dentro da igreja, a falsa adoração e o falso sacrifício que partem de um coração impiedoso são tratados como abominação ao Senhor (Pv 21:27)! “Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos...” II Co13:5


“Exercitar a justiça e o juízo é mais agradável ao SENHOR do que o sacrifício” Pv 21:3
Texto por Matheus Menor

terça-feira, 7 de maio de 2013



"Pois qualquer um que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos." Tg 2.10 

É fácil não ver nossos próprios erros, afinal é complicado até mesmo olhar o próprio nariz, ver a nossa face então, impossível, sem um espelho. É comum se achar confortável na rotina e não parar para pensar sobre se é certo ou errado o que fazemos. É também comum se confiar nas boas coisas que fazemos, seja por ajudarmos uma velhinha a atravessar a rua, ou, por apoiar grupos de caridade, ou, sejam quais forem suas boas ações, agir bem não anula seus erros. 

Mas e se um erro, por menor que seja, torna alguém culpado de toda lei e "Não há justo, nem sequer um," (Rm 3.10; Sl 14.1-3, 53.1-4), logo todos são culpados e igualmente, perante toda lei, não existe um mais culpado, ou um menos culpado. Somos todos iguais! Iguais sim, igualmente imundos, perdidos. E não há então justificativa para considerar um mais santo, mais salvou ou um menos santo, e menos salvo. O preconceito no meio do povo de Deus é um que cria seres imundos, pessoas que são excluídas por não estarem no "nosso nível de santidade", mas em Tiago lemos sobre isso também: "Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas." Tg 2.1 

Tanto que falamos e pregamos mas de atitudes falhas nossas palavras são maculadas. 

"Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajes de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, e tratardes com deferência o que tem trajes de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé, ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés," Tg 2.2-3 

Meus queridos essas atitudes são mais comuns do que se parece, pensamos: "Ah, mas eu sou pobre não faço isso" ou "Eu trato pobres de maneira correta" (Primeiro engraçado que sempre pensamos no pobre né?!). Mas e se não fosse apenas um problema com a diferença da conta bancária? E se você trata melhor alguém que lhe traz benefícios? Seja alguém que tem uma conversa melhor, ou alguém que conhece pessoas legais, ou mesmo alguém que sabe mais. Tratamos melhor pessoas de certos cursos na universidade, certos bairros, idades, roupas. O caso apresentado é de um rico e um pobre, mas o mandamento é contra a "acepção de pessoas" (Tg 2.1). 

Tiago antes também fala diretamente ao "pobre" e ao "rico", e ele diz: "O irmão, porém, de condição humilde glorie-se na sua dignidade, e o rico na sua insignificância." (Tg 1.9-10). Não se iluda pelo que a sociedade vê em você, pois a sociedade vê o que você tem, não busque gloria no que você tem. 

O que temos, as riquezas, e nós mesmos passamos e somos consumidos pelo tempo como dito em Mateus: "Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam" Mt 6.19, 

E aqui novamente o exemplo é sobre riquezas, mas seja qual for sua diferença para outra pessoa, não é isso o importante, somos todos partes de um mesmo corpo, cada um com sua função, então se você é o pobre no caso, glorie-se pois Deus o honra, e cuida de ti, e supre suas necessidades, e se você é o rico do caso, glorie-se pois Deus o honra e quando chegar o momento, em que você aprender que sua riqueza ou habilidade não é suficiente, você verá que é mesmo Deus quem o honra e que somente Ele supre suas necessidades. 

Quando falamos em Ide, temos que lembrar de tudo isso, pois temos que ir "até os confins da terra" (At 1.8) e "pregar a toda criatura" (Mc 16.15), e ainda há mais! "fazer discípulos" (Mt 28.19). Devemos falar a todos, sem acepção, e devemos ensinar (discipular) a eles, não julgar, julgar não cabe a nós e sim a Deus, pois somos todos culpados. 

Uma Igreja preconceituosa, não é uma Igreja missionária, e uma Igreja que não é missionária não segue a Cristo, que nos ordenou ir!

Texto por Hugo Ferreira